quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Entrevista com professor Mário Maia

O professor Mário Maia, doutor em música, realizou uma intensa pesquisa sobre o tambor de sopapo, que resultou na sua tese de doutorado.

Assista ao vivo a entrevista!!


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Entrevistas

O desfile do grupo especial foi adiado devido à chuva que lavava Pelotas na terça (16). Então, adiantamos o cronograma e passamos a semana filmando locações e fazendo entrevistas com alguns personagens importantes na história recente do tambor de sopapo e do carnaval pelotense:

Foto: Sarah Brito/Fev.09

Mestre Baptista, carnavalesco, griô e o luthier de Pelotas que fabrica o instrumento.



Foto: Marcelo Cougo/Fev.09

Dilermando, coordenador da ong Odara,
músico percussionista e aprendiz de griô do Mestre Baptista
.


Foto: Sérgio Valentim/Fev.09

Dna Sirlei, carnavalesca e griô, patrimônio vivo do carnaval de pelotas.


Pesquisa na Avenida

No dia 15 fomos à passarela do samba em Pelotas, para verificar nosso camarote de imprensa e nos familiarizar com o espaço para as filmagens no dia seguinte (16), o dia do desfile do grupo especial. Encontramos 2 tambores de sopapo na avenida, como conta a reportagem da SECOM no site da prefeitura.

E continuamos à procura do tambor de sopapo .

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Repercussão da Rede Sopapo no Fórum Social das Periferias

Reportagem tirada do site 3o. Milênio

Até agosto serão lançados quatro DVDs. Trata-se de documentário sobre o instrumento de percussão Sopapo. A informação é do músico e poeta Richard Serraria, que esteve participando do Fórum Social das Periferias em fevereiro. No Loteamento Dunas houve a inclusão da Casa Brasil – sediada no Comitê de Desenvolvimento do Dunas (CDD) – na Rede Sopapo. Conforme Richard, desde dezembro está organizada rede cujo objetivo é resgatar a história e valorizar o tambor considerado como patrimônio nacional. Lançada em Porto Alegre, a Rede teve início reunindo o Ponto de Cultura Ventre Livre, Coletivo Catarse de Comunicação e o Quilombo do Sopapo. Conforme Richard – músico que já recebeu quatro prêmios Açorianos -, a ideia é prosseguir ampliando a Rede através de adesões comprometidas com a cultura da comunidade negra.

DOCUMENTÁRIO está sendo viabilizado através de recursos do Ministério da Cultura. Nos DVDs, diz Richard, constarão desde pesquisa histórica, cartilha com os toques, partituras e uma demonstração acerca da confecção do instrumento. Para o trabalho de “luthier”, a equipe contou com a colaboração do Griô “Mestre Baptista”. Em 1999, Baptista ministrou oficinas de confecção do tambor, iniciativa que integrou o então projeto Cabobu. Idealizado pelo músico pelotense Giba Giba, o Cabobu teve duas grandes celebrações públicas em 2000. Após dez anos, no entanto, o “Sopapo” foi novamente sendo esquecido. Com a Rede, porém, ressurge fortalecido pela mobilização de lutadores sociais.

HISTÓRIA – O pesquisador Adão Monquelat está oferecendo novas fontes para a compreensão da formação histórica de Pelotas. Em seus dois livros recentes “Notas à margem da história da escravidão” e “Senhores da carne – charqueadores, saladeristas e esclavistas”, o autor questiona narra safadezas dos vultos sacralizados pela história oficial. Richard esteve em contato com Monquelat e foi informado sobre uma possível origem uruguaia do Sopapo. Através de dicionário publicado em Montevidéu, o músico encontrou dados acerca de tambor “gigante” usado no Candombe. São informações que remontam ao século 18. Assim, anteriores ao relato do historiador Carl Siedler de 1820, que seria o autor do primeiro relato sobre a música em Pelotas.

Rede Sopapo no Fórum Social da Periferia

Foto: Leandro Anton/Abril de 2009

A Rede Sopapo, criada para resgatar o Tambor de Sopapo e sua contribuição cultural, celebra a adesão da Casa Brasil e da banda Bataclã FC, no dia 05 de fevereiro, às 17h, durante o Fórum Social da Periferia, que será realizado em Pelotas / RS.

O Fórum Social das Periferias é uma iniciativa da Uniperiferia / Rede Periferias, identificada com o empoderamento autônomo e sustentável de comunidades e grupos sociais em situação de desfavorecimento. A atividade da Rede Sopapo será transmitida ao vivo pelos sites do Coletivo Catarse, da Rede Vidadania e Bataclã FC.

Para a Rede Sopapo trazer à tona a história deste instrumento é de interesse de toda a sociedade, pois traz consigo o registro material da existência do negro e sua contribuição cultural em uma região dominada pela predominância do positivismo branco.
Esta rede constitui-se, então, a partir da articulação de um conjunto de realizações já em andamento e projetadas para o futuro. Nesse sentido, integram-se diversas instituições em uma teia de relações que visa a tão somente fortalecer e potencializar ações de promoção da identidade do negro nesta região do Brasil.
Atualmente participam da Rede Sopapo o Coletivo Catarse, os Pontos de Cultura Quilombo do Sopapo, Ventre Livre, Teia Viva e o Movimento de Apoio ao Mestre Batista.

Tambor de Sopapo está na raiz da história do extremo sul do Brasil. Desde as charqueadas até o embalo dos carnavais de rua de Pelotas e de avenida em Porto Alegre. No entanto, a partir dos anos 1970, o processo de carioquização do carnaval brasileiro fez com que este instrumento de difícil construção e de grande porte fosse substituído por instrumentos conhecidos como surdos, também de sonoridade grave e com processo de construção insdustrializado. Como resultado, o tambor de sopapo esteve em vias de extinção, iniciando-se um resgate no ano de 2000, através de iniciativas como o Projeto CABOBU.

A banda Bataclã FC atua politicamente através de sua força expressiva e musical, entendendo a arte como veículo de transformação social sobretudo. Mestiçagem musical: rock, rap, samba gaúcho, peso, conectividade, poesia, trabalhando ainda com o ativismo musical; eis as ferramentas de transformação.

As atividades do Fórum Social das Periferias acontecerão em Pelotas, entre os dias 3 e 7 de fevereiro de 2010, nas estruturas existentes no entorno do CDD - Comitê de Desenvolvimento do Dunas (Incubadora / Projeto Casa Brasil, Estádio Esportivo, Centro Comercial, Escolas, Associação de Bairro e Comunidade Católica), na Av. Ulisses Guimarães, 2057 - Loteamento Dunas.

Pesquisas e Filmagens

Após muitas viagens à Pelotas para fazer pesquisa para o projeto ao longo do ano de 2009, e a aprovação do mesmo no edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, a equipe do projeto partiu no sábado dia 13 de fevereiro rumo a uma imersão de 15 dias entre Pelotas e Rio Grande, para começar a primeira fase de filmagens do documentário Tambor de Sopapo.

Tambor de Sopapo - TV Brasil


Matéria produzida pelo Coletivo Catarse, veiculada na TV Brasil para o Quadro Outro Olhar.

O Tambor de Sopapo está na raiz da história do extremo sul do Brasil. Desde as charqueadas até o embalo dos carnavais de rua de Pelotas e de avenida em Porto Alegre. No entanto, a partir dos anos 1970, o processo de carioquização do carnaval brasileiro fez com que este instrumento de difícil construção e de grande porte fosse substituído por instrumentos conhecidos como surdos, também de sonoridade grave e com processo de construção insdustrializado. Como resultado, o tambor de sopapo esteve em vias de extinção, iniciando-se um resgate no ano de 2000, através de iniciativas como o Projeto CABOBU.

A Rede Sopapo, criada para resgatar o Tambor de Sopapo e sua contribuição cultural, celebra a adesão da Casa Brasil e da banda Bataclã FC no Fórum Social da Periferia, em Pelotas / RS.